Mini-Jardim
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O
trabalho com terrários surgiu da paixão que tenho por estes pequenos ambientes,
o que a princípio, parecia apenas uma possibilidade de arranjos de decoração,
ganhou um novo direcionamento assim que comecei a compor as miniaturas. O
conhecimento adquirido como paisagista aliado à minha produção artística
resultou nas composições dos ecossistemas em miniatura como um meio de criação.
O objetivo não esta fundamentado na
estética do objeto, mas em criar um vínculo pessoal com o ambiente. Há também o
modo como o espaço vai sendo organizado. A princípio, o artista cria condições
que sejam adequadas ao cultivo das plantas, mas é o tempo que organiza o
espaço, e o próprio ambiente que comanda o processo. O que cabe ao artista é
elaborar minuciosamente esse pequeno mundo e dividir com o espectador o seu
trabalho.
No ambiente fechado dos
terrários, o ciclo de renovação é constante e o processo de crescimento das
plantas é autossuficiente, regulado por condições físicas e biológicas entre si
e o próprio ambiente. Através dele é possível ver a natureza em movimento. Cada
peça é composta por características únicas. Iniciá-lo é a possibilidade de
criar um mundo no microcosmo.
Embora os terrários fechados
tenham como objeto principal as plantas, é a partir da escolha do recipiente
que o habitat será criado. Usar o vidro transparente é fundamental, pois além
de possibilitar expor as minipaisagens sob todos os ângulos possíveis, ele
ainda permite a entrada da luz (principal exigência para sobrevivência do
pequeno habitat).
As garrafas vieram de
encontro ao que eu buscava para o meu trabalho, elas criam distorções
interessantes, que convocam o olhar além do objeto. As peças feitas
artesanalmente foram adquiridas numa vinícola, outras eu garimpei entre os
objetos de casa.
A primeira garrafa, (foto - 01) em março de 2013. E um ano e quatro meses depois de fechada e sem sofrer qualquer interferência (foto - 02).
Foto - 01
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Nesse período outros foram criados e sinto que não vai parar por ai, pois a imaginação não tem limites não é mesmo? E as possibilidades que esses pequenos universos apresentam também não.
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